quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

O Fantasma da Horta



     I Parte


    Os anos passaram e a razão de lá estar deixou de existir. Era tempo de abandonar aquela que foi a sua casa durante os últimos anos. Era tempo de sair, de deixar tudo para trás e partir em busca de uma nova etapa. Assim foi. O destino estava traçado e não havia volta a dar. Para trás ficou um router, recluso de um contrato com a Vodafone. O resto foi-se.

    Quando as sereias velhas saíram de cena, D. Úrsula apressou-se a arranjar uma alternativa. O castelo estava vazio...pelo menos assim pensava ela. Era necessário alguém que as substituísse. D. Úrsula procurou em reinos, vales, montes e pântanos. Onde iria ela encontrar alguém digno do castelo desabitado? Em noite de lua cheia, quando já estava prestes a desistir, D. Úrsula vislumbra quatro princesas deitadas na relva. O luar incidia sobre elas como se fossem divindades vindas do céu.

- Estão perdidas? - resmunga.
- Quisemos nos aventurar para lá da nossa terra. Procuramos agora um sítio para morar - responde uma das princesas com ar sereno.
- Talvez vos possa ajudar. Vou falar com o meu marido e o'despois digo-vos alguma coisa - retorna D. Úrsula, em jeito de despacho. 

  Após aprovação do marido, das crias, dos primos em 3º grau e da cabeleireira amiga da  prima da vizinha da casa do lado (aquela que faz jogging de saltos altos nas escadas do prédio), D. Úrsula dá o aval. 

   O castelo é agora habitado por quatro belas princesas. A sua beleza hipnotizante conseguiu não só seduzir o motorista de D. Úrsula, conhecido como Dedão, como também um agricultor de idade avançada que habitava os antigos campos de Carnide. Sim...habitava. Há muito falecido, é agora conhecido como Fantasma da Horta.

                                                II Parte

    Numa bela manhã de ressaca, após uma noite de festa no salão de festas do castelo, as princesas estranham um ruído vindo do fundo das escadas:


Ouviram?!?!? - diz Dili com ar  espantado, já com a cara branca que nem cal.
- Sim, acho melhor irmos ver o que é - afirma Sú.
Esperem! Peguem nisto. Pode ser preciso - diz Mél enquanto dá um utensílio de cozinha a cada uma

Eu tenho ali arames do estendal partido no quarto. Vou buscar? - responde Cat
- Não é preciso. Fica com a frigideira dos ovinhos. Eu já mandei um pombo correio ao pajem Runiz para ele vir assim que puder. - replica Mél enquanto segura na mão de Cat com ar maternal. 

Não há tempo para demoras! - apressa Sú - Temos de ir já!

  As princesas descem então as escada mas muito devagar, com receio do que pudessem vir a encontrar. Porém nada encontram. A princesa Sú verifica até debaixo dos sofás e nada.
  Todas elas decidem retornar aos seus aposentos. No entanto, enquanto subiam a enorme escadaria do salão, tropeçam numa folha de couve.

- O que é isto? - pergunta Dili muito espantada - Que nojo!
- Isso é.....isso é....uma folha de couve! - retribui Cat com ar não menos espantado.
- Mas cá em casa ninguém comeu couves! - grita Sú

     É então que Mél olha para trás e vê uma figura masculina com uma máscara. Depois dela, as outras olham para trás, uma a uma.  Todas soltam um valente grito de aflição pensado estarem a ser vítimas de um assalto. Desmaiam.


                                                III Parte

   Acordam numa ala do castelo até então desconhecida. Havia água e velas por todo o lado. Era um sítio muito escuro e cheirava bastante a canela. Ainda confusas, são surpreendidas com uma música muito peculiar vinda de longe.

- Adoro a batida - informa Mél - vamos ver de onde vem!


   Assim fazem. Entretanto encontram uma porta e, na certeza de que por trás dela se escondia   a fonte daquela música, abrem-na quase instintivamente.
   Por trás delas estava nada mais, nada menos, que o homem da máscara. 


- Vejo que já acordaram - diz o desconhecido - tomem o pequeno almoço, já estamos atrasados.

As princensas sentam-se à mesa.
- Atrasados? Mas atrasados para o quê? - pergunta Sú

- As gaiatas hoje em dia não querem fazer nada! - grita o homem bastante irritado - Na minha casa trabalha-se! Na minha casa levantamo-nos cedo, tomamos o pequeno almoço e vamos trabalhar, de enxada na mão, até que o sol se ponha! A partir de agora vocês trabalham para mim e não quero ouvir nenhuma reclamação!


- A minha mãe não vai gostar da ideia - responde Dili pousando o pedaço de pão que tinha na mão - Eu quero ir já para casa!
- Vamos embora daqui - acrescenta Mél.


   É então que o homem pega num cano e começa a bater com ele na parede sistematicamente enquanto grita - Vocês daqui não saem! O meu nome é Toby, Toby das Couves, o fantasma da horta! Se eu digo que ficam, é porque ficam!

    Nisto começa-se a ouvir uma voz. Não se percebe bem porque parece estar bastante longe. Todas as princesas e o fantasma Toby desviam o olhar em todas as direcções para tentar perceber de onde vem.

- Runiiiiiiiiiiiiiiz - grita Mél ao perceber tratar-se do seu pajem - Aqui Runiz, estamos aqui!!!!!!

- Era só o que faltava! - diz o fantasma revirando os olhos com ar de desprezo - De qualquer das formas preciso de alguém para puxar a minha carroça e ele parece-me bem.

- Princesa Mél! Onde está? - riposta o pajem.

    Porém, sentido-se cada vez mais ameaçado, o fantasma rapidamente pega em algumas das suas coisas e diz:

- Eu vou, mas volto muito em breve. Vocês não se vão ver livres de mim tão facilmente. Sempre que ouvirem um barulho estranho, pensem em mim. Sempre que virem algo que não era suposto acontecer, pensem em mim. Sempre que estiverem sozinhas, já sabem, pensem em mim porque eu vou estar por perto. Nunca se esqueçam!

    E desaparece, tão subitamente quanto surgiu. As princesas são consequentemente tele-transportadas para a cozinha do castelo.

- Isto aconteceu mesmo ou fui eu que sonhei? - pergunta Cat
- Acho que aconteceu mesmo - responde Sú com o olhar fixo no vazio.

- Runizzzzzzz - diz Mél enquanto corre em direcção ao pajem, que se encontrava estendido no chão junto à porta de entrada - Estás bem???
- Sim princesa, mas tenho fome - tranquiliza Runiz


E assim foi a primeira aventura das princesas com o Toby, o Fantasma da Horta










quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Aulas de Sociologia e Antropologia

  • Primeira semana - corpo presente, cabeça ausente




  • Resto do semestre - "F*ck it, I'll be a stripper"

Sonho

    Ontem tive um sonho digno de uma longa metragem, que me fez dormir até (muito) mais tarde.

Parte I
    Fui para a praia com o meu irmão. Estávamos os dois tranquilos, quando de repente notamos que a maré enchia a grande velocidade. Pedi-lhe para me ajudar a "desarmar barraca" e a levar as coisas mais para cima, mas o tonto como é costume, ignorou-me. O mar acabou por molhar as toalhas e tudo o resto que apanhou (consegui levantar a mala com os objectos pessoais, graças aos reflexos poderosos que o meu sub-consciente me ofereceu na altura). Ele lá agarrou na mala e nas suas coisas e foi "assentar barraca"  noutro local. Eu como estava chateada com ele (por razões óbvias) decidi ir para outro sitio. Fui para baixo de uma rocha, onde já estavam quase duas dezenas de pessoa, com as toalhas todas alinhadas na horizontal. Coloquei a minha toalha onde consegui, na vertical. Quando precisei da mala, fui buscá-la ao meu irmão. Brigámos mais um bocado e ele acabou por vir contrariado para o mesmo sítio que eu (mas a uns metros de distância). Continuámos a brigar um com outro, até que uma senhora, que lá estava deitada numa toalha, se queixou da gritaria, já para não falar do facto de termos as toalhas na vertical e não como era suposto. Dei razão à senhora, desculpei-me, peguei nas minhas coisas e fui embora.

Parte II
    Estávamos os dois em casa já (mas não a nossa, uma casa de férias não sei onde) e continuávamos a discutir. Para não ter de o aturar, saí de casa e fui até junto da praia. Lembro-me que havia lá um bar, mas eu estava junto ao paredão e acho que não estava a fazer nada. É então que me apaixono por um homem que entretanto conheci, já com os seus 50 anos ou mais, cabelo grisalho (mais para o branco) e aparentava ser uma mistura de Bruce Willis e George Clooney. Começamos a namorar nesse dia.

Parte III
   Os meus pais aparecem no sonho (devem ter vindo ter comigo e com o meu irmão). Não gostam nada da ideia de eu ter um namorado quase da idade deles e proíbem-me de o ver.  Além disso culpam-me do facto de estar chateada com o meu irmão (até nos meus sonhos eu sou sempre a ovelha negra). Eu saí de casa, peguei num carro preto e parto com destino à casa dele. Os meus pais saem de carro atrás de mim e dá-se assim início, a uma corrida do gato e do rato. A certa altura eu, que já tinha um avanço considerável, decidi trocar de carro. Ofereci aquele a um transeunte que por ali passava e peguei num outro carro preto. Os meus pais continuam a seguir o carro que o transeunte sortudo ganhou e eu despistei-os, mas não por muito tempo. Apercebendo-se que  carro que seguiam era conduzido por um homem, os meus pais apercebem-se que foram enganados e voltam para trás à procura do meu rasto. Quando o encontram, eu já estou a chegar à casa do meu amado. Entro na garagem e começo a ver o carro dos meus pais. Começo a rezar para que o portão automático da mesma feche a tempo de eles não me verem. Por sorte isso acontece ( muito resvés Campo de Ourique!). Vou de gatas até à porta da parte de trás da casa e entro. Não está lá ninguém.

Parte IV
    A certa altura já estou com ele em casa. No entanto os meus pais, que já sabem onde ele mora, decidem dirigir-se para lá com um batalhão de pessoas que nunca vi. Uma das paredes da sala era feita só de janelas. Quando olho por uma delas, estão lá eles e os seus carros, a encher a rua e a gritar para eu sair. Eu resisto. Não sei como, os meus pais desistem e voltam para casa. As pessoas que estavam com eles começam a entrar na casa do "Bruce Clooney", põem música, arranjam comida e festejam. Eu e o Bruce juntamo-nos à festa e estamos muito felizes.

Parte V
  Começa um tiroteio. Atiram-se todos para o chão e tentam escapar, mas já há mortos. Olho pela janela e vejo um helicóptero. Ele não pára de atirar na nossa direcção. É então que ouço uma voz "Nós só queremos o «Bruce». Se ele se entregar, nós paramos".
As pessoas ficam à espera que ele se entregue e salve a vida de todos eles, mas ele agarra em mim e leva-me para a cave. Entramos numa sala cheia de estantes, documentos, livros e folhas soltas. Ele diz que se vai entregar e pede-me para queimar aquilo tudo. Conta-me que é um cientista norte-americano que inventou uma bomba super destrutível e por isso as agências secretas andam atrás dele, com medo que a sua arma se torne num problema. Eu começo a chorar, mas aceito a condição. Ele volta para cima, e mal se chega junto à janela é morto por vários tiros. Eu estou sozinha a pegar fogo a todas as provas, impedindo que alguém seja capaz de reproduzir a tal bomba. Estou muito triste por o meu "Bruce Clooney" ter morrido.

Parte VI
   Acordo e oiço a princesa Mél a chegar a casa. Fim

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

2.º Semestre

Entrei com toda a confiança no 2P6 para ter a primeira aula do semestre...
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"Que aula é esta?!" - pergunto eu com entusiasmo à colega do lado
"É Sociologia da Comunicação" - responde ela com igual entusiasmo
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"Não estou inscrita nesta"



domingo, 27 de janeiro de 2013

Fim das Férias


  • Fazer directa de sexta-feira para Sábado para restabelecer horas de sono 
  • Conseguir deitar-se cedo no Sábado 
  • Programar o despertador para as 10h 
  • Acordar antes das 5h 
  • Levantar-se antes das 6h 
  • Às 10h já estar cheia de sono 
  • Adormecer durante a tarde 
  • Não conseguir dormir à noite 




sábado, 26 de janeiro de 2013

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Pesar

    Aquele pesar que fica depois de tentarmos, sem sucesso, abrir um frasco de compota e não termos ninguém em casa a quem pedir ajuda...

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sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Época de Exames

      Adoro aqueles, que durante a época de exames, fazem constantemente questão de dizer nas redes sociais:
  •  Aquilo que estão a estudar 
  •  Que deviam estar a estudar mas não estão
  • Aquilo que comem para os ajudar a estudar
  • As cadeiras às quais já passaram
  • A nota que tiveram em determinada cadeira
  • Onde estão a estudar
  • Com quem estão a estudar
  • Como se sentem a estudar
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sábado, 12 de janeiro de 2013

Milade

"Once upon a time"...houve alguém que traduziu milady para Milade em Português do Brasil. 



quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Downton Abbey

A série Downton Abbey é viciante, muito graças a esta senhora.



E..............levou o Globo de Ouro para  Melhor Actriz Secundária num Telefilme, Série, ou Minissérie.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

native Islander

























   Pergunto-me o que é que ela quer dizer com "native Islander"? Será que ela descende de algum milhafre dos Açores que acasalou uma foca nativa da Madeira? Alguém que diz  ser sobretudo portuguesa (e da ilhas) devia saber que quando os portugueses lá chegaram elas estavam desertas, tal como quando chegaram a Cabo Verde. Ai ai...

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

sábado, 5 de janeiro de 2013

Gracias

Turista: Do you speak english?
Português: Yes!

Turista: Can you tell me how much time the way from Lisbon to Sintra?
Português: 
 I'm not sure  ... it's probably 30/40 minutes by train
Turista: That's great! By the way, can you tell me how to pronounce Sintra?
Português: It's something like...SIN . TRAH 

Turista: Ohhh, gracias





De rien little bastard

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013