segunda-feira, 24 de junho de 2013

Vou meter ça na poubelle do lixo e après já volto tout de suite

Emigrante Bacalhau
  Há vários tipos de emigrantes portugueses. Um dos que me causa mais fastio é sem dúvida o tipo "bacalhau". E se há quem diga que o bacalhau quer alho, o "emigrante bacalhau" prefere o azeite. Pinga azeite por todo o lado, do clássico ao intenso, do suave ao frutado.

  As bandeiras de Portugal à porta de casa, funcionam como o rótulo com a denominação de origem protegida. São emigrantes portugueses e todos têm de o saber. Mas só as bandeiras não chegam. Há que dizer a toda a gente e andar com camisolas da Selecção Nacional de Futebol. 


  Orgulham-se das suas raízes lusas desmesuradamente. E
manuel é Deus, Agatha é uma diva. Cristiano Ronaldo dita as tendências da moda e as padarias são o cúmulo do empreendedorismo que muitos ambicionam. No fundo, querem estar perto de casa mesmo estando longe e para isso alimentam todos os estereótipos existentes em relação ao seu povo.
  

Emigrante Golfinho
  Os golfinhos nem sempre são vistos no Sado, mas quando são, fazem questão de deixar todos maravilhados. Assim é o "emigrante golfinho". S
empre que vem a Portugal faz questão de ser estrangeiro. Faz questão que saibam que vem lá de fora, não tem nada a ver com a situação do país e é mais esperto que os outros.

  Fazem por ostentar aquilo que conseguiram lá fora e esse "lá fora" é para eles descrito como um lugar idílico, sendo que no fundo levam possivelmente uma vida miserável de trabalho e outras dificuldades normais para quem vive num país estrangeiro.

  Passam a vida nesse limbo, no qual são emigrantes no estrangeiro e estrangeiros em Portugal. Não são carne nem peixe, são golfinhos.

"Emigrante golfinho" em França, de férias em Portugal
Hora do jantar em França = Venham p'rá mesa!!!

Hora do jantar em Portugal, com a família e amigos = À table!! Ça va refroidir!!  







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