sábado, 13 de julho de 2013

Onda de calor

  Durante as últimas semanas de calor insuportável, houve bastante gente no Facebook a comentar de forma irónica, a notícia que dava conta de que este ano teríamos o pior Verão dos últimos 200 anos. Eu olhava para o que escreviam e pensava "Queixavam-se do frio em pleno Verão, agora pensam que as ondas de calor duram para sempre". Parece que os últimos dias têm estado nublados e fresquinhos. A onda de calor já foi embora. Façam lá piadas irónicas agora.



   E por falar em onda de calor. Não percebo como há gente que brinca com o sol. Há dez anos atrás, dezenas de milhares de pessoas morreram na Europa devido a uma onda de calor. Os casos de cancro da pele aumentam de ano para ano. As crianças e os idosos são os maiores grupos de risco mas não quer dizer que outros sejam imunes. Faz-me confusão pessoas com crianças na rua nas horas de maior calor, pessoas que preferem o óleo ao protector solar, pessoas que nem usam protector solar. Mas sinceramente o que me causa mais confusão são as crianças, pois elas são da nossa responsabilidade e devem ser prevenidas para os perigos que o sol pode causar. Se os pais já são pouco responsáveis, não são as crianças que se vão preocupar.


Lembro-me de estar na praia com o meu sobrinho...
- Anda cá para a tia te pôr protector
- Não é preciso, eu pus antes de vir
-Sim, mas já passou imenso tempo e tu já foste à água duas vezes. Sabes que o sol é perigoso, pode causar problemas de saúde?

Perante este facto provado cientificamente, aquela criança de cinco anos responde:
-Tás tontinha? Isso não faz sentido nenhum! Só podes estar tontinha!

O pior disto é que a mãe dele quase trinta anos mais velha, quase que lhe dá razão ao dizer: 
-Não é preciso mais protector, ainda por cima as nuvens estão a tapar o sol.

  E lá continuou ele a brincar ao sol, desprotegido. Por que será que as pessoas pensam que as nuvens, a água e o vento protegem do sol?  As minhas insistências só me fazia passar por exagerada e "tontinha". Escusado será dizer que o miúdo apanhou um escaldão. O meu primeiro escaldão foi aos 16 anos, numa semana em que passei férias com amigos, sem adultos que se preocupavam por nós. Não foi aos cinco anos. Hoje em dia já me responsabilizo pelos meus actos e devo ser a pessoa que conhecem que mais protector usa. Porque com a nossa saúde, todo o cuidado é pouco. 

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