domingo, 1 de setembro de 2013

Febre de Domingo à noite


   Tenho visto o programa, mas o ideal é vê-lo a partir das gravações automáticas para que possamos saltar todas as partes desinteressantes, que são todas excepto os vídeos dos ensaios e das actuações. 

O conceito
  O conceito deste programa é semelhante ao "Dança Comigo" da RTP1. Contudo, além das diferenças óbvias, há umas que saltam à vista. Em ambos os programas as pessoas podem começar a votar antes do fim das actuações, o que faz com que as pessoas com mais votos sejam as pessoas com mais fãs, família e amigos. No entanto a avaliação pelo júri é diferente, pois os concorrentes estavam divididos em grupos de dois e havia como que um sistema de comparação. Posto isto, havia também uma tendência no "Dança Comigo", para que o público descartasse aqueles que menos os entretinham. Depois, além do programa do canal público optar por música de acordo com o estilo de dança, a música era ainda cantada ao vivo. Os concorrentes não dançavam necessariamente sempre com os mesmos dançarinos profissionais, que integravam um plano mais secundário, sendo que as apresentações eram delineadas pelo mesmo coreógrafo, que fazia parte do júri.

A Cristina Ferreira
  Ultimamente a Cristina Ferreira tem andado muito vaidosa, sendo o seu mais recente blog uma prova disso. Isso não seria um problema, caso não se reflectisse de forma negativa no programa. Aquelas trocas de roupa após cada intervalo são muito giras, mas o espectáculo que lhe antecede é tão deprimente. Ela bem que podia aprender uns passos de dança novos, ou não fosse este um programa dedicado à dança. O pior é que nos últimos programas ela fez questão de "dançar" a mesma música duas vezes seguidas. E a falta espontaneidade? Parece que sente a necessidade de ser engraçada e com classe e então ensaia bastante nesse sentido, mas quando tem de improvisar, lança uns risinhos falsos e uns gestos inúteis para dar o ar da sua graça. Não vale a pena comentar o tom de voz dela, o histerismo que lhe é característico, porque parece-me que após o primeiro programa tem sido mais aturável. Ela resulta bem ao lado de um Manuel Luís Goucha, cujo profissionalismo, inteligência e experiência abafam qualquer erro alheio, mas creio que ainda tem de penar muito para ganhar o estofo necessário para apresentar um programa desde calibre sozinha, ou então basta-lhe perceber que chegou onde chegou a ser pacóvia e barrasca e o crescente de vaidade que tem vindo a demonstrar só a prejudica.

O Júri
  Mais uma vez a Alexandra Lencastre faz parte do júri de um programa de talentos da TVI. Na minha humilde opinião, é ela que muitas das vezes dá graça ao programa e já cheguei a pensar que ela faria melhor figura que a Cristina Ferreira na sua condução.

 O Sr. Alberto é o único elemento do júri que percebe realmente da técnica que ali é exposta, ou não fosse ele, entre outras coisas, um dançarino campeão por diversas vezes, professor de danças e juiz em várias provas nacionais e internacionais. Mas parece que o que as pessoas querem é ouvir elogios, mesmo que não correspondam à realidade, já que sempre que ele faz um comentário menos abonativo é bombardeado em várias frentes. Nota-se que ele é bastante comedido, mas no meio daquela festa cigana fica um pouco intimidado e talvez seja por isso que não dê as pontuações que acha que devia dar.

 E por fim o Cifrão, que venceu a última edição do "Dança Comigo".
  
O Paulo Fernandes
 A Mariza Cruz era a apresentadora mais ridícula da TVI, mas eis que chega Paulo Fernandes. Comentários inapropriados e uma espécie de obstipação crónica que se nota através da sua postura pouco dinâmica. Acima de tudo, ele é irritante e devia dedicar-se à rádio, onde ninguém o vê. Ora vejamos a sua apresentação na página da Cidade FM: "Olá. Olá. Digo duas vezes 'Olá' porque sou uma pessoa que gosta de deixar tudo bem claro!". Acima de tudo, ele é irritante (também gosto de deixar tudo bem claro).

As músicas
  Por vezes acho original escolherem músicas de estilos diferentes, mas dançar cha cha cha ao som da música "Get Lucky" dos Daft Punk além de inadequado é aborrecido para quem está ver, pelo menos para mim. É como se eu fosse dançar o tango para o meio de uma discoteca. Até podia dançar bem, mas...


prog1.jpg

  A minha mãe acha piada a este programa, então eu vejo-o sempre que estou em casa com ela. Não há muito a dizer. Os jogos são forçados e não têm tanta piada como se pensa. A Andreia Rodrigues é abafada pelo César Mourão. Não tem formação e é um tanto ou quanto fundamentalista em relação à defesa dos animais o que se torna irritante. Há regras, mas se não forem cumpridas...não faz mal. Há objectivos, mas se os concorrentes estiverem com dificuldades...são ajudados. Em relação à versão americana deixa muito a desejar.

  Será assim tão difícil fazerem programas menos insossos? 

  

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