segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Síndrome Chanel

    E aqueles cachopos que se queixam no Facebook do facto de serem solteiros? Não é triste ser-se solteiro. É triste achar que é triste ser-se solteiro. É triste auto descreverem-se como "forever alones" só porque sim. É triste escreverem frases inspiradas em frases feitas de autores que não conhecem sobre amores não correspondidos. É quase como distribuir panfletos a dizer "O meu amor não me ama. Estou triste...e que tal um like?" É deprimente para quem lê e é deprimente para quem escreve.

    No entanto há pior. Há aqueles do "orgulhosamente solteiros" que quase todas as semanas fazem questão de dizer ao mundo que não têm ninguém, nem precisam porque são mais felizes assim. Depois no Dia dos Namorados até se juntam em jantares e gozam com os casais que conhecem. Sentem-se livres, sentem-se mais e melhor. 




    Sim, porque estar numa relação é impedimento de tudo isso. É uma maçada, comparável a passar férias no Estabelecimento Prisional de Caxias. 

    A mim parece-me é que estão solteiros mas nem sabe de quê. Eu chamo-lhe o Síndrome Chanel. Coco Chanel apregoava aos sete ventos o poder feminino, a sua independência dos homens, mas o que é certo é que no seu intimo se sentia sozinha e mascarava essa fragilidade e tristeza com a sua personalidade forte e de mulher arrojada. Até por acaso foi ela que começou a desenhar calças destinadas ao público feminino. 

Até não tem mal tudo isto, cada um é como é. Mas no Facebook? A sério que há necessidade de o fazer (constantemente!) na praça pública? É que assim só vejo dois propósitos: fazer com que sintam pena sua ou para o sexo oposto saber que pode dar início a uma investida.

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